I can love - 3° capitulo

“Sempre irá haver uma sofisticada dama que morrerá de amores por um belo vagabundo.”

Jus : Tem certeza que não quer que eu more no seu apartamento ?
Anne : Tenho - ele bufou
Jus: Poderíamos transar dia e noite - aquilo me fez arrepiar de medo.

Isso seria uma proposta tentadora para a maioria das meninas, mas não para mim.
Ele sorriu e a comida chegou, era ele o motivo das minhas noites mal dormidas, era ele o motivo de eu acordar assustada no meio da noite, era ele o motivo do meu medo, medo de ser tocada por qualquer outro, ele é  o motivo dos meus relacionamentos fracassados, ele era o motivo de eu viver nesse pesadelo. É claro que eu queria fazer amor, queria fazer sexo como qualquer outra pessoa, mas o medo de ser machucada outra vez era maior. E agora eu estava aqui com as pernas bambas sendo obrigada a almoçar com o autor do meu medo enquanto ele comia e eu nem conseguia tocar na comida. 

  O Celular dele vibrou ele olhou para a tela e bateu forte na mesa, levantou irritado e me puxou pela braço e saiu do restaurante me puxando sem nem me deixar pagar a conta, ele foi me puxando enquanto eu tentava acompanhar seus passos, sua expressão era desesperada  e o que me deixava com mais medo ainda, eu tentava acompanha-lo enquanto ele seguia  por uma rua afastada, suas ruas tinham drogados por toda a parte, mendigos jogados no chão, era um bairro pobre e com certeza barra pesada, ele subiu as escadas de um sobrado velho e abriu uma porta de madeira e me puxou para dentro do pequeno apartamento, ele andava de um lado para o outro enquanto eu sentada no sofá o observava, passei a mão pelo meu pulso que doía por ele ter segurado forte durante um bom tempo. 

Jus: Fica quieta - ele disse se aproximando 

Ele se aproximava receoso, tirou minhas mãos do meu colo e deitou a cabeça com cuidado no mesmo , ele estava com medo como se nunca tivesse feito aquilo na vida e isso tudo fosse uma novidade para ele. Ele começou a chorar no meu colo enquanto eu o olhava, não me atrevi a passar as mãos pelo cabelo dele, eu sabia que ele odiava e se eu fizesse isso com certeza ele levantava dali e me dava um tapa, então permaneci quieta o olhando. Eu já tinha o visto chorar algumas vezes, aquilo não era novidade para mim, que eu me lembrei ele já tinha chorado em meu colo umas 5 vezes ou mais , já tinha visto lagrimas caírem enquanto ele me estuprava, eu não estava surpresa, eu só estava assustada, com medo, por que todas as 5 vezes que ele chorou no meu colo, ele chorou até não restar mais lagrimas, e quando todas as lagrimas secaram ele me estuprava e me batia para descontar sua raiva , mas Justin me surpreendeu, quando não restava mais lagrimas ele se levantou com rosto vermelho e caminhou até a cozinha trazendo duas cervejas na mão e me entregou uma.

Anne: Eu não bebo, obrigada 
Jus: Para de palhaçada e bebe logo isso - ele disse no seu tom mandão de sempre
Anne: Mas eu não gosto
 Jus : Já bebeu ?
Anne: Não 
Anne : Então experimenta
Anne : Não quero
Jus: Você não vai morrer por causa de uma garrafa, olha para mim , ainda estou vivo , vai bebe

Eu revirei os olhos e tomei um gole da cerveja, aquilo era bom, realmente bom. 

Jus: Gostou ?
Anne: É bom - eu disse surpresa
Jus : Boa menina - ele sorriu orgulhoso assim que terminei minha primeira garrafa
Anne : Não vai tentar me embebedar para depois me levar para a cama , né ? - eu disse receosa 
Jus : Não, se eu quisesse te levar para cama eu não precisaria nem te embebedar
Anne : usaria a força ?
Jus: Talvez
Anne: Eu quero ir embora
Jus: Não espera que eu te leve né ?
Anne: Na verdade sim, por que eu não sei voltar

Ele me olhou com um sorriso irônico e eu já sabia que dali ele não iria se levantar para me levar a luga algum, me levantei e fui até a porta e a fechei atrás de mim, aquele sobrado tinha cheiro de mofo, sai na rua segurando forte minha bolsa e sentia os olhos ,daqueles homens musculosos e de barba mal feita, em cima de mim entrei no primeiro táxi que avistei e dei as coordenadas da minha casa e respirei aliviada de ter saído dali viva e sem nenhum arranhão. Cheguei em casa e tomei um longo banho e me deitei na cama fechando meu olhos.  

" - eu te quero nua e quicando no pau - ele bateu em meu rosto enquanto aqueles olhos vermelhos me olhavam 
 - Anda porra - ele bateu novamente em mim rasgando minha saia logo em seguida "  

Justin modo ON : 

Eu poderia ter comido aquela gostosa, porra , aquela bunda deliciosa, eu preciso de uma mulher , vesti minha jaqueta e bati a porta com força, andei um pouco e entrei em uma balada , me sentei no bar pedindo uma vodca, o lugar estava cheio , mulheres com vestidos curtos se exibindo para garantir uma noite de prazer , eu passava os olhos pelo lugar para tentar encontrar a gostosa da noite, duas mulheres pararam ao meu lado e a loira alisava o meu ombro. A loira tinha altura mediana, os olhos escuros e cabelo que batia na cintura , já a morena tinha praticamente o mesmo tamanho, seus olhos eram verdes e caralho que bunda deliciosa , larguei a bebida no balcão e passei os braços pela cintura das duas as guiando para a saída do local.
 Andamos um pouco e tinha um motel meio acabado e ali entramos,  pegamos a chave de um dos quartos, assim que entramos joguei as duas na cama. E que comece a brincadeira. 

Anne modo on: 

Mais uma vez meu coração batia rápido, eram anos tentando fugir dele, tentando escapar de um medo que talvez exista só em minha mente mas que anos atrás foi real.

" Sábado, 14 de julho 
     
     Tenho medo dos seus demônios , tenho medo de qualquer movimento feito por você, sou uma criança no corpo de uma mulher, um criança com medo do passado e do futuro e que no presente não sabe viver, como se sentiria se você soubesse que é o autor disso ? Culpa ? ah uma pessoa como você não sente culpa, não sente remorso, uma pessoa como você não sabe amar. Meu coração é um fardo pesado, cheio de medo, cheio de decepções, cheio de traumas. Talvez eu deveria parar de escrever sobre dor, para de escrever sobre medo e olhar para frente assim como mamãe me ensinou, mas mamãe não esta aqui para me lembrar que eu deveria esquecer de tudo e só deixar a vida me levar. " 

                                                                                           [...] Continua